quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A palavra está para a comunicação verbal, como a tinta está para a pintura…

Dá cor… Mas não faz o quadro.



(Imagem: Juan Miró)

No que diz respeito ao diálogo entre duas pessoas, não existe nada de mais impessoal e propenso ao mal entendido, que as mensagens escritas…
Sejam elas de telemóvel, MSN, facebook, ou qualquer outro “veículo” de diálogo disponível, nesta maravilhosa Era Moderna.
O diálogo entre duas pessoas, quando de assuntos importantes se trata, só devia ser promovido cara-a-cara.
Sou apologista de que, nos ditos assuntos, em último dos últimos casos, trocam-se escritos (mas só se não houver outra alternativa, MESMO!). E nesse caso, ainda assim, regra geral, a melhor opção é deixar o diálogo para melhor oportunidade. Afinal de contas, um assunto que é realmente importante não deve ser realmente urgente. Refiro-me a questões do foro sentimental, claro.
Dizia eu, que a troca de mensagens escritas é o último recurso quando nem para falar ao telefone dá. Que falar ao telefone é a opção a optar (vivam as redundâncias!... E esta é limpinha.) quando a presença da outra pessoa não é possível. Que o verdadeiro diálogo é composto por muito mais que só palavras. E que elas escritas, até por muito bem ordenadinhas que estejam, não dizem tudo o que eu tenho para dizer, nem me dizem tudo o que o meu interlocutor me quer (e o que até nem quer) dizer. (Mas eu gosto de saber!;) . E que mesmo ouvindo, mesmo sentindo o que se sente com os ouvidos, o que a expressão vocal transparece, mesmo assim, falta algo. Falta pelo menos ver. (Já não falo no cheirar… que pouca importância tem, nesta matéria;).
Diz-se tanto, com o que se dá a ver. E “ouve-se” tanto com o que se vê.
No que realmente é importante, conversar implica estar com. Na presença de.

1 comentário: